quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Fim de ano 2020

De novo...

Decidi, no último dia do ano 2020, regressar a este espaço de partilha.

Não sei a razão de fundo por que o faço. Mas, sinto necessidade de o fazer.



terça-feira, 14 de agosto de 2018

De regresso...

Ao fim de tanto tempo decidi regressar... na véspera da Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria.
Hoje são 14 de agosto de 2018.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013



Partilho este poema de José Tolentino Mendonça 

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro destes gestos que em igual medida
a esperança e a sombra revestem
Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo
Dentro do riso e da hesitação
Dentro do dom e da demora
Dentro do redemoinho e da prece
Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro de cada idade e estação
Dentro de cada encontro e de cada perda
Dentro do que cresce e do que se derruba
Dentro da pedra e do voo
Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo
Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece

O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro da alegria e da nudez do tempo
Dentro do calor da casa e do relento imprevisto
Dentro do declive e da planura
Dentro da lâmpada e do grito
Dentro da sede e da fonte
Dentro do agora e dentro do eterno

quarta-feira, 6 de março de 2013


O Teu Amor Que Nos Aceita Por Inteiro

Rezo nesta manhã o Teu amor, ó Deus. O Teu 
amor que nos aceita por inteiro, que abraça
o que somos e o que não somos; o que nós
fomos e nos tornámos. O Teu amor
que ama as nossas possibilidades infinitas
e indefinidas; os nossos desabrochares
esperançosos e as nossas quedas
frustrantes; as nossas liberdades insensatas
e a nossa timidez hesitante. O Teu amor
ensina-nos a confiança e continuamente
relança a nossa história.

José Tolentino Mendonça, in Um Deus que dança

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013



Decálogo sobre o silêncio de Bento XVI
  1. O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo...
  2. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos...
  3. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa...
  4. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão...
  5. Do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços...
  6. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes...
  7. Nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas...
  8. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: “Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio...”
  9. Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus...
  10. Silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Hoje... a esta hora só me apetece o silêncio...
e a voz do salmista:

Ouvi, ó Deus, o meu clamor,
atendei a minha oração.

Dos confins da terra por Vós clamo,
quando me desfalece o coração;
levai-me para um rochedo distante:
Vós sois o meu refúgio,
uma torre forte contra o inimigo.
(Salmo 60)

Oração do justo, que espera a verdade.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Para esta primeira semana da quaresma, proponho a reflexão.

Palavras da Alma de Mahatma Gandhi
Senhor, ajuda-me a dizer a verdade
diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
Se me dás fortuna, não me tires a razão.
Se me dás sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda.
Não me deixes acusar o outro
por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.
Ensina-me a amar os outros como a mim mesmo.
Não deixes que me torne orgulhoso, se triunfo;
nem cair em desespero se fracasso.
Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza
e que a vingança é um sinal de baixeza.
Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para desculpar-me.
E se as pessoas me ofenderem, dá-me grandeza para perdoar-lhes.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim.